Quotidiano
Robôs domésticos
Alguns exemplos de robôs domésticos:
- robôs de limpeza, de vidros, de piscinas;
- robôs que varrem ou aspiração o chão;
- robôs que cortam a relva.
Fig.1 Robô aspiradore doméstico.
Eles fazem a aspiração sozinhos sem partir objectos frágeis assentes no chão e sem caírem pelas escadas abaixo, se houver algo pelo caminho, desviam-se sem problemas. Estes robôs são mecanismos autónomos que, quando em funcionamento têm memorizado as regiões por onde já passaram e as que ainda falta aspirar.
Quando a bateria está com pouca carga eles interrompem a tarefa que estão a executar (aspiração) e voltam sozinhos à base para recarregarem a bateria.
O robô a seguir é utilizado de forma semelhante aos de aspirar o chão, mas para cortar a relva do jardim de nossas casas ou mesmo de grandes campos de golfe durante a noite, por exemplo.
Assim como os anteriores, estes robôs também são capazes de retornarem à base para recarregarem.
Existem também robôs humanóides domésticos como o Wakamaru, de companhia no lar.
Fig.2 Wakamaru
Robôs na agricultura e pecuária
Entre os robôs de serviços não industriais, os que actuam na agricultura constituem um outro exemplo:
- Robôs agricultores, que colhem frutos ou semeiam ou podam;
- Robôs que faze m irrigação.
Engenheiros da Universidade de Illinois desenvolveram uma gama de pequenos robôs não muito caros (menos de 500 dólares) especialmente concebidos para realizar tarefas agrícolas.
Estes pequenos robôs substituem as pesadas e custosas maquinarias que se empregam actualmente para semear, pulverizar, colher arar a terra.
Os robôs cortadores de relva, já mencionados acima como exemplo de robôs domésticos, também poderiam estar classificados aqui.
Fig. 4 Robô desenvolvido pela Universidade de Illinois para a agricultura.
Além disso há os robôs encarregados de fazerem a irrigação, ou a rega em:
-Grandes plantações agrícolas;
-Jardins públicos ou privados;
-Campos de golfe.
É comum de se ver, especialmente no verão, aparelhos como estes da Fig. 5 em funcionamento quando passamos em algumas estradas ao lado de grandes plantações.
Eles são programados para começarem a irrigar em determinadas horas, a deitarem a quantidade de água apropriada, a cobrirem determinadas regiões do terreno que eles têm-nas memorizadas, etc.
Fig.5 Robô que faz irrigação em grandes plantações agrícolas.
As estufas modernas apresentam um auto índice de automatização.
Elas podem ser programadas para controlarem todas as condições para que o clima dentro dela seja o mais apropriado para o que ali se cultiva.
Fig.6 Robôs que fazem irrigação em estufas.
Desde a humidade do ar, a temperatura, a radiação solar, o sistema de rega e até mesmo a injecção de fertilizantes, tudo está sob controlo.
Para isso elas contam com máquinas programáveis que são autênticos robôs, como por exemplo as que aparecem na Fig. 6 para a rega.
Existem também robôs ordenhadores, que tiram leite de vacas leiteiras. A tecnologia para isso já está bastante evoluída e é muito mais eficaz e higiénica que a forma tradicional manual.
Fig. 7 - Robôs ordenhadores de vacas.
A vaca entra em um dos compartimentos e é automaticamente identificada.
Se o computador verifica que já passou tempo suficiente desde a última vez que aquela vaca foi ordenhada então são accionados os comandos do robô.
Este robô estende o seu braço por baixo da vaca e, guiado por laser e foto sensores, limpa e seca cada uma das quatro tetas da vaca e em seguida fixa nelas os sugadores de leite a vácuo.
Conforme o leite sai tudo é registado no computador que compara as quantidades extraídas com o histórico daquela vaca. Se houver alguma discrepância o computador acusa pois isto é um bom indicador para se descobrir antecipadamente doenças ou qualquer outra lesão na vaca.
Depois que a vaca é ordenhada, o robô retira os seus sugadores e pulveriza-a com uma solução desinfectante.
A vaca é então liberada para a área de alimentação junto com as outras vacas onde ganham um concentrado com vitaminas para continuarem a produzir bom leite.
Robôs de entretenimento
Algumas situações onde encontramos robôs que são projectados para o nosso lazer ou entretenimento são:
-robôs guias de museus e exposições;
-robôs de companhia;
-robôs brinquedos.
O robô Minerva que aparece é utilizado como guia de turistas no famoso Museu Smithsonian de Ciências em Washington D. C., nos Estados Unidos.
Ele chama os visitantes para visitas guiadas e mantém-lhes o interesse pelo tour.
Este robô foi criado pela Universidade de Carnegie Mellon nos Estados Unidos em conjunto com a Universidade de Bona na Alemanha.
Ele tem esse nome, Minerva, em alusão à deusa romana da sabedoria.
Minerva pode até dar risadas e oferecer rebuçados à crianças de modo a fazê-las mais confortáveis no ambiente tecnológico do museu e a se familiarizarem-se com robôs.
Fig.8 Minerva, o robô guia de museu, usado no Museu Smithsonian de Ciências em Washington D. C.
Notem que alguns dos robôs que aparecem acima, nesta sessão e nas anteriores são de facto robôs móveis.
Existem também outros robôs de entretenimento, mas que não são móveis como estes.
Fig. 9 - Robôs de entretenimento: que imita um dragão em espectáculos.
Por exemplo os robôs usados em exibições ou espectáculos, que imitam monstros (reais ou irreais) como estes que aparecem na Fig. 9.
Estes robôs são classificados como robôs antropomórficos porque tentam recriar seres vivos, mesmo que seja um ser vivo imaginário, como no caso do dragão acima.
Há ainda outros robôs de entretenimento antropomórficos. São os robôs de companhia (que imitam animais de estimação).
Estes animais de estimação podem ser cães, gatos, pássaros, etc., como por exemplo o cãozinho robótico “Aibo” da Sony, a foca robô “Paro” do e o gato “Necoro”.Ou então, bichos da ficção, que na realidade não existem, como o “Furby”.
Fig. 10- Robô de companhia: o cãozinho “Aibo” da Sony.
Fig. 12 - Robô de companhia: o gato japonês Necoro.
Fig. 13 - Robô de companhia: o boneco americano Furby.
Estes robôs têm a capacidade de respondem a certos comandos ou estímulos do seu dono apresentando diferentes estados emocionais (como alegre, triste, surpreso, sonolento e amedrontado).
Além disso eles podem dar risadas ou um simples sorriso, suspirar, dançar, falar e até cantar (“Happy Birthday”, isto é, “Parabéns”).
Para isso eles possuem sensores para reconhecimento de voz e de tacto, mecanismos para moverem o bico, as orelhas e os olhos, e uma sofisticada electrónica que envolve técnicas de Inteligência Artificial.
Se esse não fosse o caso eles não seriam robôs, mas simples brinquedos ou peluches.
Ao contrário do Furby, que não existe na vida real, o Necoro é um gato robô japonês projectado para imitar a sua espécie da vida real, na aparência e nas atitudes.
Portanto, sendo um gato artificial ele recria diversos aspectos e reacções do animal real, isto é, mantêm uma comunicação natural brincalhona com os seres humanos, semelhante aos gatos reais.
O Necoro estica o seu corpo e patas, move sua cauda, abre e fecha os seus olhos, faz miaus e carícias quando são tocados.
Fig. 15 - O gato japonês “Necoro”, um robôs brinquedo e de companhia.