1.1.3.1 - Medicina;

 

    As pesquisas para desenvolvimento de sistemas robóticos para auxilio e realizações de cirurgias tiveram inicio na década de 80, pelo exército americano, para que processo cirúrgicos pudessem ser realizados em campos de guerra ou locais de risco, sem a presença do cirurgião.

    Actualmente em alguns casos selecionados, são usados robots para re-vascularização do miocárdio e implante de pace-makers em cirurgias cardíacas totalmente endoscópicas ou com apoio visual na retirada da artéria torácica interna, reconstrução valvar mitral e correcção de defeitos congênitos. Utilizando um robô AESOP® para controlo do videotoracoscópio, com controlo vocal por meio do sistema HERMES®.

    O principal motivo para se pesquisar o uso de robots em procedimentos de operações, era com o intuito de possibilitar a realização destas operações num local distante de onde estava o cirurgião. Com esta possibilidade foram atraídos os militares americanos que deram inicio ao desenvolvimento de robots visando a realização de cirurgias no campo de batalha ou na medicina aeroespacial, mediante controlo remoto pelo médico.

    Contudo existêm alguns contras, relativamente ao uso da robótica na medicina, nomeadamente nas cirurgias. Por um lado, existem vantagens do uso da mesma, como o facto de esta ter um carácter menos invasivo, diminuir os traumas cirúrgicos, reduzir a dor, proporcionar um menor tempo de internação e um menor custo do procedimento. Mas por outro lado, uma das grandes desvantagens das cirurgias robóticas, é o custo inicial que é bastante elevado. A utilização de robots em procedimentos cirúrgicos possui também limitações, como perdas sensitivas (tacto, sensação de toque superficial, sensitividade de superfícies, perda da suavidade dos movimentos, perdas visuais e motoras, diminuição da noção de espaço tridimensional e da noção de direcção) e o emprego de telemanipuladores que necessitam de conexões de alta velocidade por via telefónica ou satélite.

    Embora ainda não se possa depositar total confiança nesta robótica, esta veio a possibilitar um maior desenvolvimento, conforto e maior segurança no campo da medicina, diminuindo o risco físico do ser humano, corrigindo as suas falhas nervosas (como o tremor), substituindo o trabalho dos braços e possibilitando a diminuição de algumas falhas humanas.